O Dia Internacional da Mulher é sempre uma oportunidade para celebrar. Celebramos, obviamente, as conquistas e avanços. Saudamos nossas amigas, mães e irmãs, nossas companheiras de trabalho e tantas outras mulheres amadas que estão presentes em nossas vidas. Nos lembramos e homenageamos aquelas que já partiram. Também acredito que a data é propícia à reflexão, como um respiro que se dá em meio a um dia muito intenso.

Gostaria de convidar os leitores a conhecer e refletir, a partir de um breve relato da vida de duas mulheres, cujas marcas na história e seus sacrifícios em prol da educação, são indeléveis. Não coincidentemente, as duas são iranianas. Uma delas é a jovem chamada Mona Mahmudnizhad e a outra, a Sra. Ferial Sami.

Mona se dedicava à educação de crianças e, devido à perseguição religiosa, foi oficialmente acusada de “perversão da juventude e infância”. Ela era voluntária em um orfanato e também, em sua casa, se dedicava à educação de crianças que haviam sido expulsas da escola – pela mesma perseguição religiosa. Ela tinha 17 anos quando recebeu a sentença de morte por enforcamento. Ela beijou a corda ao redor de seu pescoço e sorriu em perdão ao seu algoz (mais informações sobre sua história você acompanha aqui).

Ferial tinha apenas 20 anos quando deixou seu país rumo ao Peru. Posteriormente, se estabeleceu em Manaus no início dos anos 80  e ajudou a fundar, primeiramente, um orfanato e, logo em seguida, uma escola, que até hoje e é reconhecida pelo povo e governo amazonense como referência em educação e valores morais (conheça a instituição aqui).

Essas duas mulheres entregaram suas vidas, ambas com agrado, pelo educação e o avanço da sociedade.

Minha reflexão é profunda e passeia por muitas vias… penso na firmeza de propósito dessas duas mulheres, em seu caráter sólido e amoroso, em sua bondade e desprendimento sem limites. Sem espanto algum, vejo traços dessas qualidades em muitas das mulheres que conheço. Que se destacam, famosa ou anonimamente, por sua entrega infinita. Que em nossas saudações, umas às outras nessa data e em todos os dias, possamos reconhecer e acreditar que somos todas nós, heroínas possíveis.

Reflexão escrita por Tálita Barão – Gerente de Produto e Relacionamento do IsCool App, que atua na área da Educação há mais de 15 anos.